segunda-feira, 14 de junho de 2010

Combati o bom combati

COMBATI O BOM COMBATE


“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (2 Tm 4.7).

Estas são as palavras do apóstolo Paulo a respeito de sua missão,
dada por Deus, como pregador do Evangelho.

Quero compartilhar com você sobre uma ação demonstrada neste texto e
o que ela pode significar para nossas vidas. Paulo diz: “Combati o bom combate”
– A palavra combater significa; guerrear, lutar, esforçar-se por dominar,
vencer, pelejar, opor-se, batalhar, extinguir. Paulo estava envolvido numa luta
e com um propósito bem definido.

Pensando em nós observamos; quantas coisas existem, pelas quais nós
pelejamos dia após dia? O apóstolo Paulo, sob revelação do Espírito Santo está
se referindo a uma guerra especial, a qual realmente vale a pena guerrearmos.
Porque há tantas coisas pelas quais nos esforçamos por conseguir e no final
percebemos que não compensou termos lutado. Talvez você já tenha passado por
isso; você quis, porque quis algo; labutou, e quando conseguiu, notou que a
batalha foi vã.

Salomão teve a mesma experiência; ele nos conta em Eclesiastes que
numa época de sua vida lutou por tantas coisas as quais julgava serem
importantes e, já em idade avançada, concluiu ter corrido atrás do vento,
lutando por nada e que perdera muito tempo em sua vida. E diz ainda que tudo
foi produto de vaidade, de um pensamento vazio, sem propósitos, sem razão, sem
motivos concretos.

Muitos pensam que vaidade é usar jóias, roupas finas, ter bens,
etc..., quando na verdade é ter um pensamento fútil, ausente de estruturas, é
fazer as coisas sem propósitos ou razão específica e sem produzir benefício
para si ou para outrem.

Mas observando o conselho de Paulo, nos certificamos que a única
batalha válida é pela vida cristã. E a vida cristã na verdade é uma guerra
constante. A Palavra de Deus apresenta em que consiste esta batalha na qual
devemos estar engajados, pois muitos cristãos não estão envolvidos na luta pelo
cristianismo e sim, em sua própria batalha. O versículo 3 de Judas diz que
devemos batalhar para preservar a fé evangélica. Mas o que isto significa?

Em primeiro lugar podemos pensar nesta grande onda de raciocínio que
estimula a igreja a tirar os olhos da pessoa do Senhor Jesus, levando-a a olhar
para outros lados, como riquezas, posições, etc., com o propósito de tirá-la
do plano eterno de Deus, estabelecendo tantos alvos divergentes à fé.

Ao estudarmos nas escrituras a respeito da fé, aprendemos que o seu
fim é a nossa salvação, resultando também em salvação de almas. Salvação é
estar em Cristo, tornando-se uma nova criatura, reconhecendo que as coisas
velhas já passaram e eis que tudo se fez novo em nossa mente e coração (2 Co
5.17). Ela não está no fato de uma pessoa começar a freqüentar uma igreja, mas
no fato dela nascer de novo, do Espírito e da Palavra de Deus e fazer com que
esta salvação se desenvolva, buscando viver a vida de Cristo, andando cada dia
em novidade de vida.

Lutar pela fé evangélica é batalhar pela salvação de almas, para que
o reino do Senhor Jesus seja estabelecido sobre a terra, nos corações vazios da
presença de Deus. Jesus ensinou que, quando estamos realmente envolvidos nesta
batalha, devemos sempre buscar o Reino de Deus e a Sua justiça, deixando Deus
cuidar das demais coisas consideradas por nós importantes e necessárias. Hoje
vemos a maioria das pessoas que se dizem igreja, mas perdendo o foco, a visão
do Evangelho, correndo de lá para cá em busca dos anseios de seus corações.

Paulo alerta: “Nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis, pois os
homens serão egoístas, avarentos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos
pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem
domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais
amigos dos prazeres do que amigos de Deus. Tendo toda a forma de piedade,
negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes” (2 Tm 3.1-5). Observe,
somos exortados sobre os acontecimentos destes últimos dias e a respeito da
importância de estarmos lutando pelo Evangelho, batalhar para tornar os homens
amigos de Deus, pois foi nos dado o ministério da Reconciliação, isto é,
reconciliar os homens com Deus.

Em 1 Tm 4.1 diz: “Ora, o Espírito afirma expressamente que nos
últimos tempos alguns apostarão da fé por obedecerem a espíritos enganadores e
a ensino de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm
cauterizado a própria consciência”. Nestes tempos derradeiros, indivíduos
estariam se afastando da fé verdadeira no Senhor Jesus, e é nosso dever
batalhar por sua preservação.

Igreja, torna-se imprescindível acordarmos deste sono profundo,
lembrarmo-nos que fomos chamados para viver pela fé. Não percamos tempo lutando
em favor de cousas ou de desejos egoístas, mas sim pela fé, pois o Senhor nos
fala: “O justo viverá pela fé e se ele recuar a minha alma não tem nele prazer”
(Hb 10.38,39). Ele é capaz de nos dar muito mais do que podemos imaginar,
sentir ou desejar.

Batalhar pela fé evangélica representa lutar contra as falsas
doutrinas, o mundanismo e o materialismo, os quais tem procurado dominar o
coração da igreja. Paulo dizia: “Combati o bom combate”, isto é combati o
combate certo, não foi qualquer um, mas sim o que valeu a pena lutar.

Lembre-se, se existe uma luta a ser combatida é porque existe um
inimigo da fé evangélica a ser resistido. Em Ef 6.12, Paulo esclarece: “Porque
a nossa luta não é contra a carne e o sangue e sim contra os principados e
potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças
espirituais do mal nas regiões celestes”. A nossa luta é contra o diabo, um ser
espiritual, e não temos meios de lutar diretamente contra ele, mas o Espírito
Santo nos capacita a lutarmos contra as táticas por ele utilizadas em função de
acabar com a fé das pessoas. Paulo refere-se a principados, potestades e
dominadores, isto é, um tipo de governo que domina uma região, um pais,
estados, cidades, bairros ou logradouros. Existem estes dominadores que regem
as pessoas a uma ação, ou seja, estimulam à prostituição, drogas, mentira,
dissensão, alcoolismo, etc..., tornando-as cativas e incapazes de viver sem
estas práticas. É contra esta ação a nossa batalha, crendo e repreendendo estas
potestades a fim de libertar estas pessoas dessa escravidão. Nesta guerra, não
somente devemos estar revestidos com a armadura de Deus (Ef 6.11), mas também
orando continuamente para recebermos fé necessária a cada batalha e
permanecermos com os olhos fixos na vitória.

Jesus disse: “Eis aí, vos dei autoridade para pisardes serpentes e
escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo, e nada absolutamente vos causará
dano” (Lc 10.19). Jesus ao morrer na cruz destituiu Satanás de todo o seu
poderio e desfez todas as suas ações, e aquele que Nele crer, fará as Suas
obras e maiores ainda. Não podemos considerar o decorrer dos acontecimentos
como algo normal, sendo muitas vezes enganados com formas errôneas de
interpretação da própria Palavra de Deus. Jesus a exemplo disso deixa claro que
devemos refletir sobre o que ouvimos com relação às escrituras e compararmos
com outros princípios escritos, para que não sejamos enganados com falsas
doutrinas (tentação de Jesus-Mt 4.1-11).

Vemos tantos absurdos acontecendo, além do amor que tem se esfriado
de quase todos, e dizemos: “Bem que Jesus disse que nos últimos tempos seria
assim!” Amados, a Palavra também diz que não devemos nos conformar com o curso
deste mundo (Rm 12.2). Jesus ao afirmar que o amor se esfriaria, não estava nos
ensinando a aceitar esta frieza de sentimentos ou deixar de lutar contra, mas
nos deu autoridade e poder para mudar esta situação. Ele nos dá autoridade para
banharmos este mundo com Seu amor. É necessário crer que o poder do Espírito
que habita em nós e sobre nós capacita-nos para combater toda influencia
maligna causadora dessa falta de piedade e assim devemos agir em outras
situações, lembrando: Tudo o que deixamos de combater resulta em brechas nas
nossas vidas, tornando-nos assim, sujeitos a dardos inflamados do maligno.
Tiago nos ensina uma tática para vencermos o inimigo; ”Sujeitai-vos a Deus,
resisti ao diabo e ele fugirá de vós” (Tg 4.7). Quando concordamos dizendo:
“Ah, é assim mesmo!”; estamos deixando a porta do inferno prevalecer. A nossa
luta não é contra as pessoas, mas contra os espíritos que agem sobre elas e a
igreja tem autoridade para mudar o curso deste mundo, libertando cada vida das
cadeias que as escraviza fazendo-as sofrer. Jesus disse que as portas do
inferno não podem prevalecer contra Sua igreja. Essas portas não prevalecem se
a igreja toma a posição de autoridade em Cristo. A igreja é muito mais poderosa
que o inferno, mas se ela não batalhar, as trevas vencem. Se um gigante, ao
lutar com um anão, não se utilizar de táticas para defender-se e lutar,
fatalmente o anão irá bater até que este caia. Isto não significa ser o anão
mais forte, mas o gigante não querer lutar. A igreja de Jesus tem sido este
gigante sem desejo de entrar em batalha, por isso o inferno busca prevalecer.

É indispensável que lutemos! Por isso Paulo afirmava estar engajado
neste bom combate. Ele não lutava por qualquer casa, mas pelo Reino de Deus,
verdadeiramente vivia em busca do Reino do Senhor e deixava que Ele cuidasse de
todas as suas necessidades. Este é o bom combate! Igreja, essa é nossa
verdadeira guerra!

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